quinta-feira, 13 de junho de 2013

Canção do Amor Imprevisto - Mário Quintana

Canção do Amor Imprevisto - Mário Quintana
Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,

Com esses teus cabelos...

o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada,
numa alegria atônita...
As súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos !
Mário Quintana

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